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Día de los Muertos - Conheça mais sobre essa celebração mexicana

Fernanda Beltrán

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Fernanda Beltrán

O Dia dos Mortos é uma tradição mexicana de origem pré-hispânica que acontece nos dias 1 e 2 de novembro em todo o México.

Acredita-se que, durante o Día de los muertos, existe o retorno temporário das almas dos falecidos, que voltam para casa uma vez por ano para passar um tempo com suas famílias e desfrutar da essência da comida oferecida nos altares colocados em sua homenagem.

A origem do Día de los Muertos

Os antigos povos indígenas do México tinham vários períodos ao longo do ano para celebrar seus mortos, no entanto, os períodos mais importantes aconteciam ao final da safra, entre os meses de setembro e novembro.

O feriado nos povos pré-hispânicos

A lenda entre os astecas e os mexicas (os povos indígenas dominantes do México pré-hispânico e o último povo mesoamericano) contavam que, uma vez que uma pessoa morria, ela viajava pelas nove regiões do submundo.

Acreditava-se que a vida continuava mesmo após a morte, razão pela qual se considerava a existência de quatro "destinos" para as pessoas, dependendo de como elas morriam. De acordo com o arqueólogo Eduardo López Moctezuma, eles são divididos da seguinte forma:

  • O Tonatiuhichan era o lugar para onde iam os guerreiros mortos em batalha, os capturados para sacrifício e as mulheres grávidas ou as que morriam durante o parto.
  • O Tlalocan, para onde iriam todos aqueles que morreram por causas relacionadas à água.
  • O Chichihualcuauhco, um espaço destinado a bebês mortos. Lá eles eram amamentados por uma enorme árvore cuidadora, até que "nascessem de novo".
  • O Mictlan, o reino dos mortos e destino das pessoas que morreram pelas causas mencionadas acima.

Esses destinos não são lugares de escuridão ou punição, são simplesmente a morada dos mortos.

As oferendas do Dia dos Mortos

As oferendas do Dia dos Mortos são altares de origem pré-hispânica dedicados a diferentes divindades. A do senhor dos mortos, Mictlantecuhtli, foi celebrada no mês que hoje conhecemos como novembro. Os colonizadores aproveitaram para fazer uma fusão entre as crenças dos povos e o cristianismo.

Os altares são montados alguns dias antes do dia 1 e 2 de novembro e permanecem até o dia 3, mas cada dia tem um significado diferente:

  • No dia 31 de outubro, à noite, acende-se uma vela branca para dar as boas-vindas aos antepassados.
  • 1º de novembro é o dia em que chegam as almas que morreram quando crianças. Doces e brinquedos devem ser colocados para eles. Neste dia, à noite, toda a comida é colocada no altar.
  • No dia 2 de novembro (Dia dos Fiéis Defuntos), as almas dos adultos falecidos chegam à noite para desfrutar da comida e bebida que lhes é oferecida.
  • Em 3 de novembro, a última vela e uma pequena copal (um tipo de incenso) são acesas para se despedir do falecido e a oferenda é removida.

Os altares são colocados com o propósito de glorificar a vida do falecido. Em vários lares mexicanos é costume jantar em frente ao altar, convidando as almas a compartilhar o momento juntas e fazer uma conexão entre o mundo dos vivos com o mundo dos mortos.

Elementos que não podem faltar!

Além das comidas e bebidas favoritas do falecido, existem outros elementos que devem ser usados ​​para complementar um altar do Dia dos Mortos.

  • Velas: fogo e luz representam a presença dos mortos.
  • A foto do falecido: é a alma que nos visitará.
  • Incenso: é usado para limpar a casa dos maus espíritos que possam entrar naquele dia.
  • Água: para representar a vida.
  • Sal: para purificar a alma e afastar maus espíritos.
  • Flor Cempasúchil (Calêndula asteca): para criar caminhos que guiem os espíritos de nossos mortos.
  • Caveiras de açúcar: antigamente eram usadas caveiras reais, depois foram substituídas por caveiras feitas de açúcar, chocolate ou amaranto. Cada crânio representa um falecido.
  • Papel Picado: Representa o ar e a terra.
  • Pão dos mortos: sua forma representa o ciclo da vida, o centro simboliza o coração do falecido, os relevos às lágrimas derramadas e o sabor da flor de laranjeira é em homenagem ao lugar onde suas almas estão.

4 entidades representativas para o Día de los Muertos

1 - Mictlantecuhtli

O deus mexicano da morte, Rei de Mictlan, dá as boas-vindas a todos os humanos que morrem naturalmente.

Mictlantecuhtli, Deus mexicano da morte representado no Día de los Muertos.

2 - A Cuatlicue

Uma divindade importante do panteão asteca, ela era considerada a deusa mãe da terra. A deusa era adorada no festival de caça outonal Quecholli, no qual um imitador da deusa era sacrificado.

O Cuatlicue, deusa mexicana da terra representada no Día de los Muertos.

3 - La Catrina

Originalmente chamado de Calavera Garbancera, foi criado pelo ilustrador e caricaturista José Guadalupe Posada. Essa figura feminina surgiu como escárnio dos indígenas que se tornaram ricos e desprezaram suas origens e costumes.

La Catrina, figura representativa do Día de los Muertos no México.

4 - A morte

Ou também conhecida como La Parka, ela é um ser misterioso com uma túnica preta que vem buscar as almas e as leva deste mundo com ela.

La Parka, deus da morte representado no Día de los Muertos no México.


Celebração do Dia dos mortos em várias partes do México


Mixquic, CDMX

É um bairro localizado na Cidade do México. Nas noites do Dia dos Mortos, o Templo de San Andrés fica completamente iluminado com as velas que os parentes acendem para seus mortos.

Templo de San Andrés em CDMX, México.

Passeio da Reforma, CDMX

No Paseo de la Reforma, uma das avenidas mais importantes da Cidade do México, é realizado um mega desfile no Dia dos Mortos, no qual você pode ver diferentes manifestações artísticas, como dança, música, escultura, cenário e figurinos.

Paseo de la Reforma, Ciudad de Mexico (CDMX).

Janitzio, Michoacán

É uma ilha onde, para chegar ao cemitério, é preciso subir uma pequena colina com construções de adobe e pedra. Uma vez lá, famílias em trajes típicos montam um jantar típico no túmulo de seus entes queridos.

Janitzio, Michoacán no México.

Pomuch, Campeche

Pomuch é uma cidade no estado de Campeche, onde os moradores se reúnem alguns dias antes da celebração do Dia dos Mortos e retiram os esqueletos de seus entes queridos e começam a limpar os ossos para deixá-los impecáveis.

Pomuch, Campeche no México.

Chignahuapan, Puebla

Nesta cidade mágica localizada em Puebla, acontece um festival conhecido como "Luz e Vida em Chignahuapan". A iluminação é a protagonista deste evento, assim como a música, a dança tradicional e os fogos-de-artifício.

Luz e Vida em Chignahuapan, México.

Ilha de São Marcos, Aguascalientes

Neste local, realiza-se o Festival da Caveira, com uma grande feira onde se pode presenciar o desfile de caveiras e diversos eventos culturais como danças e peças de teatro típicas.

Festival da Caveira, cidade de Aguascalientes, México.

Filmes que envolvem o Dia dos Mortos e a cultura mexicana

Festa no Céu (El libro de la vida)

Salma e o Grande Sonho (Día de muertos)

Viva – A Vida É uma Festa (Coco)

O Dia dos Mortos (El día de los muertos)

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