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collage de uma diversidade de pessoas

Mais de 250 línguas: descubra a diversidade linguística do Brasil.

Author:

Elyson Gums

O português é o idioma oficial do Brasil, mas está longe de ser o único falado por aqui. A diversidade linguística do país compreende centenas de idiomas, variações e dialetos, principalmente de origem indígena, europeia e asiática. 

As línguas indígenas são a maioria – segundo o Censo de 2010 do IBGE, a soma é de 274 idiomas diferentes, como o guarani e o ticuna, ainda preservados por suas comunidades.

Também há idiomas trazidos pelas comunidades de imigrantes que se estabeleceram por aqui. É o caso do alemão, do japonês, do italiano, do polonês e do árabe, muito populares em regiões específicas do país. 

Neste artigo, você conhecerá um pouco mais sobre essas línguas e sobre a diversidade linguística brasileira, seu impacto cultural e a importância de preservá-la. 

O que é diversidade linguística?

Diversidade linguística é a variedade de idiomas que existe em uma determinada região, como um país ou continente. O conceito engloba literalmente todos os idiomas, desde os reconhecidos como oficiais até os falados apenas por pequenas comunidades. 

A diversidade linguística abrange diversos elementos da comunicação: estruturas gramaticais e vocabulários próprios, dialetos, variações regionais, sotaques e diferentes formas de falar um mesmo idioma.

A diversidade linguística no Brasil.

A diversidade linguística no Brasil é muito ampla. Ela é composta pelo idioma oficial, que é o português, pelas centenas de línguas indígenas, por idiomas amplamente estudados, como o inglês, e pelas línguas trazidas por imigrantes. 

Conheça mais sobre elas abaixo.

Línguas indígenas.

Hoje, mesmo as línguas indígenas mais populares são faladas por grupos de no máximo milhares de pessoas. Os esforços de preservação são conduzidos pelas próprias comunidades, muitas vezes com o apoio de programas governamentais.

Os dez idiomas indígenas mais populares são:

  • Ticuna, falado principalmente no Amazonas;
  • Caiuá, falado principalmente no Mato Grosso do Sul;
  • Caingangue, falado principalmente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
  • Xavante, falado principalmente no Mato Grosso;
  • Yanomami, falado principalmente em Roraima e Amazonas;
  • Guajajara, falado principalmente no Maranhão;
    • Sateré-maué, falado principalmente no Amazonas e no Pará;
  • Terena, falado principalmente no Mato Grosso do Sul;
  • Nheengatu, também chamado de tupi moderno, falado principalmente no Amazonas;
  • Tucano, falado principalmente no Amazonas;
  • Caiapó, falado principalmente no Pará e no Mato Grosso;
  • Macuxi, falado principalmente em Roraima.

Línguas estrangeiras:

As línguas estrangeiras faladas no Brasil chegaram principalmente nos séculos XIX e XX. Muitas estão associadas a certas regiões ou estados específicos, como o italiano no Sul e no Sudeste, ou o japonês em São Paulo e no Paraná.

No Brasil, as mais comuns são:

  • Alemão: falado principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina;
  • Italiano: falado principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo;
  • Japonês: falado principalmente em São Paulo e no Paraná;
  • Espanhol: falado principalmente nas regiões de fronteira com a Argentina, o Uruguai e Paraguai. Tem falantes em todas as regiões, por ser uma das opções mais populares de “segunda língua” para brasileiros;
  • Árabe: falado principalmente em São Paulo;
  • Polonês: falado principalmente no Paraná;
  • Inglês: não tem comunidades específicas de falantes no Brasil, mas é amplamente falado em todos os estados, por ser uma das línguas mais estudadas. 

A diversidade linguística nos torna um dos países mais multilíngues.

O Brasil abriga uma diversidade linguística comparada a continentes inteiros! Ela é fruto de um processo muito complexo de formação do país, desde a chegada dos europeus em 1500.

E já foi muito maior: segundo estimativas, havia mais de 1000 idiomas indígenas no Brasil em 1500, quando os europeus chegaram. Infelizmente, apenas cerca de 20% permanecem, devido à extinção de diversas tribos e à dificuldade de preservar o idioma em meio a um contexto de assimilação cultural.

Portanto, é ainda mais importante preservar as que restaram por diversas razões:

  • É uma forma de proteger os costumes dos povos que falam aquele idioma;
  • Muitas línguas correm sério risco de extinção, o que seria uma perda cultural irreparável;
  • Alguns conteúdos não podem ser plenamente traduzidos para o português. Logo, se a língua deixa de existir, aquele conhecimento também se perde;
  • A língua mantém vivas as memórias sobre tradições, culinárias, festas e demais manifestações artísticas de cada povo. Tudo isso enriquece ainda mais a nossa cultura e história.

Por isso, e para apresentar esse patrimônio imaterial para mais brasileiros, desde meados dos anos 2000, o Governo Federal instituiu o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), por meio do Decreto nº 7.387, de 9 de dezembro de 2010.

O documento estabelece todos os mecanismos para catalogar as línguas faladas no país. Isso envolve o estudo, a contagem de quantas pessoas ainda as falam, se estão sendo transmitidas para as futuras gerações e quais são os desafios para que continuem existindo. 

Uma curiosidade é que, apesar desse cuidado, não há um número exato de idiomas falados no Brasil. Apenas para citar alguns exemplos: o Censo do IBGE considera 274 linguagens, o Iphan estima que são mais de 250 e o Museu do Índio considera 160. Quanto às línguas de comunidades migrantes, a estimativa é de cerca de 30 idiomas. 

Toda essa complexidade reforça ainda mais a importância de estudar e conhecer a rica diversidade linguística brasileira. 

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Em um país tão diverso quanto o Brasil, você tem diversas opções para escolher. A escolha mais popular é o inglês, usado no mundo todo. Se você quer começar pelos idiomas “mais fáceis”, pode escolher o espanhol ou o italiano. Como ambas têm origem no latim, se parecem bastante com o português.

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