Mulheres comemoram juntas o Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher e a origem por trás dessa data

Juliana Veronese

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Juliana Veronese

O Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março em homenagem às grandes mulheres que lideraram importantes eventos históricos em busca da igualdade de direitos e equidade de gênero. Esta comemoração nasceu após uma série de movimentos mundiais em que milhares de mulheres levantaram suas vozes.

Um pouco de contexto sobre a origem do Dia da Mulher

Para entender melhor o contexto, é importante lembrar que antigamente as mulheres não tinham direito à educação, ao voto ou às suas próprias finanças. Naquele momento, as mulheres dependiam completamente dos homens e de sua aprovação para realizar quase qualquer atividade.

Em 1791, Olympe de Gouges escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, como contrapartida aos Direitos do Homem e do Cidadão, criados após a Revolução Francesa. A partir deste documento, começou-se a produzir textos de caráter liberal em favor da mulher.

Em meados do século XIX, em um mundo turbulento e industrializado, cada vez mais mulheres começaram a denunciar os abusos aos quais eram submetidas diariamente.

Em 1848, em uma pequena cidade perto de Nova York, duas pioneiras do feminismo, Elizabeth Cady Stanton e Lucretia Mott, convocaram centenas de pessoas para a primeira convenção nacional pelos direitos das mulheres. Esta reunião resultou em uma declaração que se tornaria o primeiro documento oficial em defesa do feminismo nos Estados Unidos.

Em 1º de janeiro de 1863, Abraham Lincoln decretou o fim da escravidão e a igualdade de direitos e privilégios para todos. Apesar do caráter oficial deste mandato, as condições precárias e abusivas ainda existiam, o que abriu espaço para inúmeras manifestações de mulheres.

O evento que deu origem ao Dia da Mulher

O evento mais marcante do movimento internacional feminista aconteceu em Nova York em 1908. Mulheres declararam uma greve na fábrica Cotton em defesa da redução da jornada de trabalho para 10 horas, salário igual ao dos homens e melhores condições de trabalho.

Infelizmente, durante a greve, no dia 8 de março, um incêndio provocou a morte de 129 mulheres, a maioria jovens imigrantes entre 14 e 25 anos.

Quase um ano após o incêndio, em 28 de fevereiro de 1909, Nova York comemorou pela primeira vez o "Dia Nacional da Mulher", e mais de 15 mil mulheres saíram às ruas para marchar exigindo melhores condições de trabalho, sociais e civis.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague, o 8 de março foi proclamado como o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Anos depois da Segunda Guerra Mundial, vários países em todo o mundo aderiram à data. E, finalmente, em 1975, as Nações Unidas declararam o 8 de março como Dia Internacional da Mulher.

As sufragistas e o direito ao voto feminino pelo mundo

No início do século XX, surgiram as sufragistas na Inglaterra. Elas foram um grupo de mulheres ativistas pelos direitos civis lideradas por Emmeline Pankhurst.

Graças às lutas constantes, em 1918 foi instituído o voto para mulheres acima de 30 anos na Inglaterra. Em 1928, a idade para votar foi equiparada à dos homens. Nos Estados Unidos, em 1920, foi concedido o direito ao voto em todos os estados do país.

O primeiro país da América Latina a aprovar o sufrágio feminino foi o Uruguai. Lá, as mulheres puderam votar pela primeira vez em 3 de julho de 1927. No Brasil, o voto feminino foi regulamentado em 24 de fevereiro de 1932. A última nação latino-americana a permitir o voto das mulheres foi o Paraguai, em 1961.

Mulheres marcham pelo direito do voto, um dos símbolos do Dia Internacional da Mulher.

Direitos das mulheres hoje em dia

Qualquer pessoa informada sabe que o abuso, a violência e a injustiça contra as mulheres continuam existindo em todo o mundo. Para erradicá-los, é necessário inovar nas lutas sociais, o que exige união e irmandade entre mulheres.

A seguir estão alguns termos em inglês sobre os desafios que as mulheres enfrentam diariamente em nossa sociedade:

  • Manterrupting (homem + interrupção): esta expressão se refere a situações em que os homens interrompem as mulheres enquanto falam e não as deixam terminar o que dizem.

  • Mansplaining (homem + explicação): alguns homens tendem a desvalorizar ou até mesmo desacreditar o conhecimento de uma mulher ao explicar temas sobre os quais ela sabe mais e assumem que, simplesmente por serem mulheres, elas realmente não podem entender os problemas.

  • Bropriating (irmão + apropriação): isso ocorre quando um homem se apropria de uma ideia de uma mulher e age como se fosse dele próprio, levando o crédito.

  • Body-shaming: expressão usada para difamar uma mulher que expressa sua sexualidade e seu corpo livremente, alegando que é comportamento "inapropriado" para as mulheres – o que, por si só, é limitante e machista. Além disso, promove a ideia de que apenas certos tipos de corpos são celebrados e aceitos na sociedade, o que vai contra a ideia de diversidade e inclusão.

A luta continua neste 8 de março!

Continuemos defendendo nossa voz e lembremos, hoje e sempre, que todas as mulheres do mundo, independentemente de sua origem étnica, nível socioeconômico, contexto demográfico, orientação sexual, profissão ou religião são igualmente importantes.

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